terça-feira, 10 de abril de 2012

Passing by

Ultimamente tenho sentido um pouco mais a passagem do tempo, como se tivesse chegado num ponto da vida onde é possível se sentir um pouco velho sem de fato sê-lo. Pensando em termos históricos, sou velho; nasci num tempo em que a maioria absoluta das pessoas assistia TV em preto e branco, não existia nem VHS muito menos CD ou DVD, telefone em casa era artigo de luxo, celulares não existiam, computadores só em empresas, internet então nem pensar. Mas nem era isso que eu queria falar...
O que mais me dá essa sensação é ver as pessoas fazendo em suas vidas tudo o que eu também fiz, essas coisas comuns como namorar, estudar, arrumar emprego, e aí é que está: eu já fiz. Já fiz tudo isso e mais um pouco, e provavelmente algumas dessas coisas não vou fazer de novo. Sinto uma certa saudade de ser mais novo, não por estar arrependido de ter vivido como vivi, mas sim por causa dessa inevitabilidade do tempo que está passando tão rápido e que já me dá um preview no espelho daquilo que vem por aí.
Tudo é transitório e não devemos nos apegar a nada, diz o budismo. Concordo, mas é tão dificil não se apegar à vida.

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